sábado, 28 de junho de 2014

A lição de Jeff Killer

Ando pela rua a noite, não passava das uma da manhã. O ar está frio, mas não está seco e sim úmido de certa forma pela chuva que ameaçava cair. Um sereno cai como uma cortina de gotículas translucidas, mas cai tão fraco e fino que mal se sente seu toque. Uma corrente de ar como um mini tufão bate no meu rosto e eu viro minha face a esquerda, pois o vento bagunça meu cabelo e invade meus olhos. Eu ajeito meu capuz de meu casaco grosso, e ele cobre a minha cabeça. Aquele capuz escuro e preto esquentou a minha cabeça, e agradeço a isso por quê eu odeio o frio. Odeio muito o frio e o pior são casacos. Detesto casacos, prefiro jaquetas, blusas ou camisas de manga longa. Casacos são horríveis, me sinto como um urso ou um esquimó.
Aquele vento frio agitou as folhas das rios e revirou os jornais encharcados jogados na sarjeta. Pelas bocas de lobo saia um vapor claro, aquela neblina de cidade que sempre surge no frio da noite, uma neblina que combinada com o sereno faz que com você não possa enxergar a um palmo na sua frente. Você não poderia reconhecer ninguém que estava na rua, isso por causa da neblina, mas também porque as luzes estavam tão fracas e bruxurelantes que a escuridão havia tomado tudo naquela noite sem Lua. A rua está deserta, mas não é só por causa da hora, mas por causa de que numa noite trevosa como aquela, todos sabem que não é "saudável" andar. E estão certos, por quê quando eu virei meu rosto a esquerda quando o vento bateu no meu rosto eu vi uma coisa.
É uma coisa branca, parecia ser um humano, um rapaz, mas com muito branco. Quando digo branco não é só a cor da pele, que era bem clara, estou falando que este ser estava com uma camisa branca com longas brancas e muito molhada. Calça cinzentas, cabelo escuro bagunçado e olhos, aqueles malditos olhos escuros com os glóbulos oculares avermelhados em pura loucura. Isso não era o pior, o pior e que ele .... estava sorrindo. Sim, um sorriso maníaco, largo e mortal.


Apreensivo eu apresso o meu passo, pois temo que algo aconteça. Sei que ele está me observando agora, seguindo os meus passos e não há saída. Minhas passadas agora são tão ligeiras que ele percebeu que eu o vi, mas talvez ele tenha percebido isso antes devido o meu nervosismo aparente. Eu não posso continuar andando só para frente por quê ele pode correr atrás de mim e por quê a rua é inacabável. A única chance é despista-lo. Por sorte tem um beco que leva a um caminho atrás dos prédios que se ramificava em várias direções.
Eu então viro de supetão e entro no beco sem pensar e sem aviso. Quando eu faço a curva eu novamente eu olhei para o cara novamente eu vejo que agora ele sacou uma longa faca de açougueiro de detrás da calça. E ele riu, riu com uma risada que muito familiar. A criatura que agora está correndo é ele, o maldito Jeff. O maldito Jeff Killer !
Aproveito o tempo extra por desviar do caminho e perdendo a calma começo a correr. Corro tentando fazer o mínimo de barulho possível com meus pés, mas eu afundo meu pé em uma poça lamacenta e suja toda a minha bota. Eu gosto delas, faz um estilo soldado, mas não gostaria de ser um soldado, são bonzinhos demais. Ele também entra no beco e se não me apressar serei um homem morto. Meu coração se acelera como se uma manada de búfalos começasse a correr junto a uma manada de elefantes. O ar parece que é chumbo derretido ao entrar em meus pulmões que queimam sem parar.
Faço curvas, dobro ruelas, mas ele nunca sai do meu encalço. Jeff é um louco, corre raspando a faca em grades de metal e no cimento, provocando um barulho que chega a doer no dentes, pior que um garras de metal passando em um quadro negro. Ele parece que mal anda e sim flutua, pois seus passos são largos e demorados, um ser tão rápido que só correndo no meu máximo eu consigo chegar perto da velocidade dele. Não adianta correr em linha reta, ele é mais rápido que eu, por isso faço daqueles prédios labirintos, para assim poder virar de repente, obrigando Jeff parar e ver que para que lado eu fui.
Somente estou adiando a morte, por quê quando Jeff se quer uma coisa ele nunca desiste. Se ele quiser te matar ele ficará com a mente completamente fixada nesta idéia de te matar. Ele não vai desistir, ele não vai parar, o objetivo do viver dele se tornou me matar. Será a minha morte que levo a liberdade de sua vontade louca de sangue. Neste jogo de gato e rato, onde estranhamente eu sou o rato, eu temo mais que tudo, meu sangue gelava, poís eu sabia o que ia acontecer. Este ia ser o meu fim, já sentia aquela lamina fria entrar em meu peito e ele arrancar meu coração só de brincadeira. Ele também poderia me perfurar tudo ou simplesmente me degolar, mas o pior de tudo seria o que ele faria depois. O desgraçado do Jeff poderia comer partes do meu corpo com seus rituais canibais ou inventar de violar sexualmente meu corpo sem vida. Para aquele assassino necrófilo e canibal, matar-me seria apenas o começo.
Eu não aguento mais correr, mas não posso parar. Droga ! Eu tropeço, sinto meu corpo atingir o chão molhado e frio. O cimento resvala em meu corpo. Eu devo tomar e impulso e sair correndo, mas Jeff está perto de mais, eu ouço sua lamina balançar ao vento e seus passos aumentarem de frequência  enquanto ele deixa um riso escapar por entre os lábios negros.
Pronto, ele vai conseguir me atacar. A sombra de seu corpo branco já cobre minha própria sombra, o som de sua respiração se sobrepõe a minha e de repente ouço sua faca mortal rasgar o ar, assoviando enquanto corta o vento .... e eu.....
Eu apenas....
Sorriu.
"Jeff, seu tolo, hahahahaha, como você é estúpido, não passa de um amador impulsivo !" penso eu. Aquele idiota teve mesmo a audácia de me atacar, caiu numa armadilha tão, mas tão estúpida assim ? Bastou eu cobrir meu rosto e fingir estar com medo para excitar a sede de sangue dele. Ah, como eu me adoro me divertir com esses tolos. Só posso rir de um idiota desses.
A faca de Jeff vem na direção de minhas costa, quando eu escorrego a minha navalha prateada, duas vezes maior e mais longa que uma navalha de barbeiro,  e num rápido movimento eu a abro e o fio da faca de Jeff se encontra com o fio de minha navalha, produzindo faíscas e som de laminas se chocando. Antes Jeff sorria negramente, agora seu rosto muda de expressão e ele me olha atônito.
— Razor é.... —  ele começa a dizer
— Surprise Motherfucker !


Com um rápido giro de mão, minha navalha trespassa a dele eu o desarmo. Jeff não tinha chance e sabia disso, por quê sempre fui mais rápido que ele. Da minha outra manga saco minha outra navalha e cravo até o punho no pescoço pálido de Jeff e de sua jugular vaza um sangue vermelho quase negro.
Ele me olha desesperado com seus olhos negros, aqueles olhos que refletem a face de seu assino. A minha face. Com minha outra mão eu retiro o meu capuz para ele me ver melhor, afinal, eu acho muito engraçado sua loucura virar medo. Ele vê meus olhos de irís alaranjadas que parecem o fogo do inferno, minha boca sorrindo onde estão duas linhas pretas no cantos de meus lábios que dessem paralelas até o queixo. Minhas cicatrizes em forma de navalha, uma no lado esquerdo da face, outra no pé do pescoço e outra entre o queixo e o pescoço à direita. Meu cabelo branco balança ao vento e mesmo eu aparentando ter a idade de Jeff ou um, dois anos mais velho, ele ainda sim me olha como se tivesse desobedecido um adulto.
— Ah Jeff, the killer...—digo cínico— você sabe que não pode tentar matar o que você não consegue.
— Droga.... — ele sussurra enquanto se engasga no próprio sangue.
Eu deixo a navalha fazer com que mais sangue saia, como se um rio vermelho escuro corresse por sua roupa branca. Eu sei que posso solta-lo e deixa-lo morrer, mas  qual a graça nisso ? Muito melhor ver sua garganta se encher de sangue e os pulmões arderem. O sangue sai pela boca e  seus olhos começam a escurecer.
— Ah não Jeff ! Você já está morrendo, eu quero me divertir.
Ele parece molenga.
 É, morreu.
Eu puxo a navalha longa por todo seu pescoço de maneira a degola-lo. Um monte de sangue sai em uma cascata brilhante que encharca sua camisa e sua cabeça tomba para traz quase arrancada do corpo. Bem, como ele está morto, só me resta deixar um presente. Com um golpe rasgo sua camisa por inteiro e com a outra navalha faço símbolo da navalha em seu peito, o mesmo de meu rosto.
Agora pondero se devo arrancar seu coração e por em sua boca ou melhor, coloca-lo amarrado de ponta cabeça como um peixe usando seus intestinos ainda em sangue. Mas resolvo não fazer nada, afinal de contas ele está morto e para mim perdeu a graça. A morte deve ser sempre o ato final de uma "brincadeira", mas Jeff nunca entendeu isso, sempre prefira a necrofilia ou canibalismo. "Qual a graça de brincar com um corpo morto se ele não vai sentir nada ? ".
Guardo minhas navalhas e sigo meu caminho assoviando. Droga, esperava mais do Jeff. Tomará que ele volte logo da Evanescencia ou sei lá para onde ele foi, quem entende dessas coisas são os esquisitos do Croatoan e todos aqueles metidos a "Caminhante dos Mundos". Assim que o Jeff voltar vou tentar vou dar mais vantagem pra ele, pois dessa vez foi muito rápido.
"Ah... esses novatos, se consideram assassinos só por quê se mostram para os humanos."

(A cicatriz de em forma de navalha aberta de Razor)






As vezes, meus caros, existem coisas bem piores do que as que tememos. Sempre a um poder maior do que nós imaginamos ser o máximo. Até o pesadelos tem pesadelos.









VOCÊS PODEM ATÉ NÃO ACREDITAR NO SOBRENATURAL
MAS ELE ACREDITA EM VOCÊS...

BOM RESTO DE VIDA !



4 comentários:

  1. caraca... RAZOR FILHO DE UMA BOA MOÇA!!!

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  2. Croatoan, poderia me passar o link da creepy do Razor?

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    1. Galera, só para deixar claro: Essa creepy é uma criação do Croatoan (olhem os marcadores do post).

      Sabe-se quando ele vai revelar a verdadeira história de Razor... ~mistério~

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  3. cara *o* eu quero ler a creepy do Razor

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