Bob Esponja Como Você Nunca Viu (Nem Deveria Ter Visto)

Estranhas tirinhas que demonstram um lado obscuro e pornográfico do Bob Esponja onde a forma como foi desenhado e a coloração contribuem muito com isso. Vejam abaixo: [...]

Normal Porn For Normal People: A Verdade Vem À Tona!

Se tem um site que intrigou/intriga muita gente, é aquele "Normal Porn For Normal People", que ficou muito conhecido após sua creepypasta (de mesmo nome que o site) ser solta por aí... Descrições de vídeos bizarros, envolvendo gore, sexo e coisas grotescamente bizarras faziam parte da história do site. Normal Porn For Normal People logo se tornou uma creepy clássica e não demorou muito para que se descobrisse que o site definitivamente existia, para a surpresa de muitos. [...]

Globsters - As Mais Bizarras Coisas do Mar!!!

Acerca desse assunto a pergunta mais difícil de se responder não é nem se é real ou não, mas sim: o que é um Globster? De monstros marinhos até animais pré-históricos sobreviventes, essas criaturas ainda não tem um conceito muito fixo. Entretanto, definem-se por Globsters (ou Blobsters, ou Blobs) carcaças irreconhecíveis à vista, encontradas próximas de ambientes aquosos (a maioria delas em costas de praias, mas também podem ser avistadas em rios, lagos etc). [...]

Five Nights at Freddy's

Se imagine na pele de um vigia noturno que deve vigiar uma pizzaria por câmeras de segurança. Imaginou? Certo. Agora imagine que durante seu trabalho você nota que os mascotes animatrônicos (animatronics) que na verdade deveriam cantar e alegrar a pizzaria durante o dia começam a mudar de lugar conforme você vai vigiando o local. Os animatronics passam a vagar pela pizzaria e você então percebe que há algo de errado. [...]

WebDriver Torso: O Que Há Por Trás Desse Misterioso Canal?

WebDriver Torso: um canal do youtube com mais de 80 mil vídeos, todos curtos (em média, 11 segundos) com um padrão bizarro, onde retângulos azuis e retângulos vermelhos movimentam-se em diferentes posições ao som de um bipe. O canal foi fundado em 7 de março de 2013 - ou seja, tem mais de 1 ano de vida - e é uma espécie de máquina de funcionamento infinito e contínuo, afinal envia vídeos quase toda hora! Só para dar uma breve noção a vocês: no Natal, o canal enviou 400 vídeos! [...]

Yami Shibai - Histórias de Terror Japonesas

Yami Chibai é uma série de televisão de origem japonesa produzida por ILCA e dirigida por Tomoya Takashima, juntamente com o roteiro escrito por Hiromu Kumamoto e narrado por Kanji Tsuda. A série estreou em 14 de julho de 2013 na TV Tokyo. O show é organizado em uma série de curtas em que cada episódio tem duração com menos de 5 minutos. Cada episódio mostra um conto diferente, baseados em lendas urbanas e mitos de origem japonesa. [...]

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Medo da Chuva


BOTE SUA PAMPERS E... CHOVA... POR FAVOR!

Veja bem, não estou escrevendo esta creepypasta com o intuito de assustá-lo então ta escrevendo por que, caralho?. É apenas uma dica, um conselho, afinal, somos sete bilhões de pessoas no mundo e o que quer que tenha vindo ao meu encontro pode estar agora mesmo atrás de você.

Estava no meu quarto, de porta fechada. Havia recém desligado o computador; assistia televisão. Os jornais eram todos a mesma coisa: reclamando do PT da seca, da falta de água, de como esse seria o verão mais quente de todos os tempos.

Estava com fome, mas não queria sair de dentro do quarto sob hipótese alguma. Estava lendo algumas creepypastas e qualquer coisa vira creepy depois de uma sessão dessas histórias. Entretanto, não consegui me segurar por muito tempo. Me convenci de que qualquer coisa que eu pudesse ver ou ouvir seria fruto da minha mente amedrontada. Disse a mim mesma que precisava passar por cima do medo, rir do medo. "Nada acontece durante o dia por quê?! Cansei de pensar, no meio da rua em dias de sol: se há alguma coisa, apareça agora", lembrei. "Se houvesse alguma coisa realmente poderosa e perigosa, não iria esperar a noite e a solidão pra poder me assustar."

É aí que mora o problema, meus caros. Quando você desafia o sobrenatural, é lógico que ele vai querer fazer você sentir o pior medo possível. E ninguém é autoconfiante à noite. Encostei na maçaneta e ouvi um barulho. Era algo entre um sussurro e uma corrente de água, um tipo de chiado. Vinha de detrás da porta. Não de longe; parecia estar exatamente atrás da porta de madeira. "É qualquer coisa", pensei.

"Não vou desistir por causa de uma coisa tão besta. Ainda se fosse uma voz..."

Voltando à mesma teoria: será sempre - SEMPRE - o desconhecido.

Continuei firme. Abri a porta, corri até a cozinha, alcancei um pacote de salgadinhos. Correndo, eu admito. Corri como poucas vezes na vida. Atravessei o corredor e a sala duas vezes em menos de quarenta segundos. Entrei no quarto e bati a porta, trancando-a. Só conseguia ouvir meu coração e um barulhinho de chuva vindo da janela no fundo do quarto e o capeta fungando no meu cangote. "Estou segura", cogitei. Por dois segundos. Foi aí que meu coração acelerou e alguma coisa incrivelmente gelada percorreu minha espinha. Paralisei de pavor.

Como eu pude ser tão imbecil?! Não havia chuva há quase dois meses.


Qualquer coisa que estivesse lá fora, eu deixei entrar.



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Creepyzinha boa. O maior pecado foi colocar uma espécie de cenário apocalíptico, mas não trabalhar muito isso. O final surpresa deu uma salvada, mas não muito...

Avaliação Final: a creepy ganha um 7,0.

ACABEI DE PERCEBER QUE... NÃO FIZ NENHUMA PIADINHA COM SP...

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE

Mantícora


BOTE SUA PAMPERS E NÃO SEJA DEVORADO!



Mantícora é uma criatura mitológica, semelhante às Quimeras, com cabeça de homem - por vezes com chifres, três afiadas fileiras de dentes de ferro e com voz trovejante - e corpo de leão (geralmente com pelo ruivo) e cauda de escorpião ou de dragão com a qual pode disparar espinhos venenosos. Em algumas descrições, aparece com asas, não obstante de variação no quesito dimensões: desde o tamanho de leão até o tamanho de um cavalo.

A mantícora foi mencionada pela primeira vez nas anotações sobre a Índia de Ctésis, médico grego que trabalhou na corte do imperador persa Artaxerxes II, no século IV a.C. Chamou-a, na verdade, de martícora (grego martikhoras), palavra derivada do persa, onde martya seria "homem" e xvar seria "comer", ou seja, martícora=comedora de homens. Bestiários medievais às vezes também lhe dão o nome pseudo-grego de baricos.

Segundo o historiador grego Pausânias (século II d.C.), a mantícora seria, na realidade, uma descrição deformada e exagerada do tigre indiano.


O nome "mantícora" veio de um engano cometido pelo copista na cópia do tratado de zoologia de Aristóteles lida pelo escritor e naturalista romano Plínio, o Velho, que difundiu o erro para os autores posteriores.

Plínio descreveu mantícora como um animal indiano com rosto e orelhas humanos, olhos glaucos (cinzentos, verdes ou azuis), uma tripla fileira de dentes que se encaixam como em um pente, um corpo de leão, de cor vermelha, e uma voz que parece a mistura de uma flauta pã com uma trombeta. Sua cauda tem um ferrão de um escorpião, é muito rápido e tem um apetite especial por carne humana.

Nos bestiários medievais, além de um ferrão venenoso de 50 cm que mata instantaneamente, a mantícora tem espinhos de cerca de 30 cm e a grossura de um junco, que pode lançar à distancia como se fossem dardos e podem matar qualquer criatura, exceto - por motivos desconhecidos - elefantes.

No contemporâneo, a mantícora tem uma nova representação, onde acrescentam-lhe asas. Isso acontece em jogos de RPG e obras de fantasia, mas não fazem parte da concepção original do monstro.



Fonte: Portal dos Mitos

BEM LOUCO...

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Massacre Natalino: O Caso da Família Lawson


BOTE SUA PAMPERS E COMEMORE!

Segundo post desse Natal lindoso. Esse é um plágio descarado de uma matéria da nossa amiga cheirosa Tia Metz, do Show do Medo!
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Charles Lawson, um simples fazendeiro, foi responsável por um dos mais terríveis familicídios que já se teve notícia: com uma espingarda, ele matou toda a família - mulher e 6 filhos - dia 25 de dezembro de 1929, dia de natal.

Família Lawson.

Charles Lawson (nascido no dia 10 de maio de 1886), foi um fazendeiro e pequeno produtor de tabaco da cidade americana de Stokes County na Carolina do Norte.

Nascido em uma família simples, em uma comunidade conhecida como Lawsonville, em 1911, Charlie casou-se com Fannie Manring, com quem teve 8 filhos. O terceiro filho, William, morrera de uma doença em 1920.

Em 1927, depois de trabalhar como meeiro, conseguiu juntar algumas economias e comprou sua própria fazenda aos arredores de Brook Cove Road, onde começou uma pequena plantação de tabaco.

A família viveu bem por dois anos, até que aquele fatídico 25 de dezembro chegou. Charles Lawson levou toda a sua família - a esposa Fannie, com 35 anos e seus filhos: Arthur, 19; Marie, 17; Carrie, 12; Maybell, 7; James, 4; Raymond, 2  e Mary Lou, de apenas 4 meses - até a cidade para comprar roupas novas, além de tirar uma foto de toda a família (Lembre-se que naquela época, as fotos eram caras, e os Lawson estavam longe de serem ricos. Este fato pode indicar premeditação ao crime). As roupas novas, compradas naquela tarde, acabaram por se tornar as roupas fúnebres da família.

A matança começou pelas filhas Carrie e Maybell. Ambas estavam indo à casa de seu tio, quando Charlie as surpreendeu no celeiro da fazenda. O pai das crianças atirou com uma espingarda em ambas, e para garantir que estavam mortas, golpeou suas cabeças com a base da arma. Seus corpos foram deixados no celeiro, e Charles prosseguiu em direção a sua casa.

Sua esposa Fannie foi a próxima a morrer. Ela estava na varanda quando o marido disparou contra a mulher. Ao ouvir o som do disparo, Marie gritou e seus dois irmãos pequenos, James e Raymond, tentaram se esconder. Charles entrou dentro da casa, atirou contra Marie, e em seguida, encontrou e matou os dois meninos. Por último, Charles dirigiu-se ao quarto do bebê, Mary Lou, e a espancou até a morte.

Casa onde ocorreram os homicídios.

O único sobrevivente foi o filho mais velho, Arthur de 19 anos, que não estava em casa no momento da chacina. Temendo que o filho pudesse arruinar seus planos, Charles mandou que ele fosse a pé junto com o tio Marion até a cidade, para comprar cartuchos de espingarda.

Depois do massacre, Charles Lawson dirigiu-se a uma floresta próxima a fazenda, e atirou em si mesmo.

Os corpos da família foram encontrados todos com os braços cruzados, e com rochas abaixo de suas cabeças, como que para poiá-las. O disparo que Charles Lawson desfechou sobre si mesmo pode ser ouvido pelas pessoas reunidas na fazenda, que já tinham descoberto sobre o horrível evento ocorrido na propriedade.

Um policial que estava acompanhando Arthur Lawson, descobriu no meio da floresta, o corpo de Charlie, junto com algumas cartas de seus pais. Uma série de pegadas foram encontradas, o que sugeria que Charles Lawson havia "passeado" pela floresta antes de tirar a própria vida.

Rumores

Alguns dizem que a morte fora encenada para parecer que o pai teria matado os filhos e a esposa. Uma dessas explicações diz que Charles teria testemunhado um incidente do crime organizado, e que ele e sua família foram mortos como "queima de arquivo". Outra teoria envolve um homem negro com a qual Charlie começara uma briga. Nenhuma dessas histórias parecia plausível para as autoridades responsáveis pela investigação, já que todas as provas apontavam para um homicídio seguido de suicídio.

Lápides dos membros da família.
Motivos

Não se sabe o por quê Charles Lawson teria cometido tais atrocidades, já que o único que poderia responder tal questão - o próprio Charles - se matara logo após os assassinatos, mas existem algumas teorias a respeito das mortes.

Acidente - Existem histórias de que Charles teria sofrido uma forte batida na cabeça, como consequência de acidente quando era jovem. Muitas pessoas atribuem a culpa do massacre da família ao acidente, alegando que por causa da batida, Charles teria sofrido algum tipo de traumatismo, que mais tarde o levou a matar a esposa e os filhos.

Incesto - Esta teoria só veio a tona quando os autores do livro White Christmas, Bloody Christmas (Natal Branco, Natal Sangrento em tradução livre), M. Bruce Jones e Trudy J. Smith, ouviram vários relatos sobre o suposto incesto entre Charles e a filha Marie. Além dos relatos, o casal recebera um telefonema anônimo de uma senhora, que alegara ter participado de uma excursão a casa dos Lawson, pouco antes das mortes, e que o guia falara que o incesto entre pai e filha era um fato real. Um dia antes do livro ser publicado, os autores receberam o telefonema de Stella Lawson, filha de Marion Lawson (irmão de Charlie). Na ocasião, Stella disse que sabia qual fora o estopim para a tragédia. Ela afirma que no funeral  dos Lawson, ela teria ouvido uma conversa entre as cunhadas e tias de Fannie, que discutiam sobre Fannie estar ciente sobre Charles e Marie.

Outra prova, talvez a mais concreta sobre esta teoria, veio a conhecimento por parte de uma amiga próxima a Marie, Ella May. Ella revelou a autora do livro The Meaning of our Tears (O significado das nossas lágrimas, em tradução livre), que há apenas algumas semanas do natal, Marie confessou a ela que estava grávida, e que o bebê era de Charlie. Ella também contou que Charlie e Fannie sabiam disso. Essa gravidez causada por incesto, e a possível humilhação e vergonha à família, caso este fato fosse a público, pode ter desencadeado a morte dos Lawson.

Hill Hampton, um amigo próximo a família, disse em entrevista ter conhecimento sobre os graves problemas em curso no seio da família, e que sabia a natureza do problema, mas que era algo pessoal, e ele não quis dar mais detalhes.

Após as mortes

Logo após os assassinatos, a fazenda foi transformada em uma atração turística pelo irmão de Charles, Marion Lawson. Um bolo que Marie Lawson havia feito para o dia de natal foi exibido na turnê. Por causa de alguns visitantes, que recolhiam as uvas passas que enfeitavam o bolo para levar como lembrança, ele foi colocado em uma travessa coberta de vidro, e este ficou preservado por muitos anos.


Milhares de pessoas dirigiam por km para conhecer a propriedade, apenas para ter um vislumbre da casa onde o horror ocorreu. Muitas pessoas relataram sentimentos de medo e uma tristeza sufocante que cercou e tomou conta deles.

Na década de 70 a casa da fazendo foi demolida, e o assoalho foi usado para a construção de uma ponte sobre um riacho que corria pelas terras de Lawson. Algumas manchas de sangue ainda podem ser vistas na madeira ao atravessar a ponte.

Fantasmas

A casa dos Lawson foi fechada para visitação, mas isso não impediu que curiosos se infiltrassem na casa em busca de qualquer evidência de atividades paranormais. Uma grande quantidade de pessoas alegam ter visto duas crianças pequenas, brincando ao redor da propriedade, só para, mais tarde, descobrirem por meio de fotos, que as duas crianças são, na verdade, os espíritos das crianças assassinadas.

Algumas pessoas alegam também, que à noite, ao dirigirem através de uma ponte, localizada próximo a cena do crime, uma névoa estranha cerca o carro, e o veículo inexplicavelmente irá desligar. Uma estranha condensação de água aparece nas janelas, e pequenas impressões de mãos começam a cobrir as janelas e o pára-brisa. Quando o motorista finalmente consegue ligar o carro, um dos primeiros modelos de carros de 1930 irá persegui-lo, seguindo de perto, dirigindo de forma irregular, através de estradas sinuosas, antes de desaparecer na noite tão rapidamente como apareceu. Estas manifestações são atribuídas à família Lawson.

As lápides por outro ângulo.

Charles e sua família foram enterrados em uma vala comum na cidade vizinha de Walnut Cove. Todos os corpos foram enterrados em caixões separadamente, com exceção à Fennie, que foi enterrada abraçada ao corpo de Mary Lou. Por causa das estritas e rigorosas crenças batistas, a vala onde os corpos foram enterrados está localizada fora do solo sagrado da igreja. É por esta razão que muitos acreditam que os espíritos da família Lawson não puderam encontrar a paz na morte.

Entre outros acontecimentos estranhos no túmulo, existem relatos de pessoas que puderam ouvir choros e risos de crianças próximo aos túmulos, e o FVE a seguir chegou a ser gravado no local. O FVE pode ser ouvido a partir de 4:00:


No vídeo, eles explicam que deixaram o gravador ligado em cima do túmulo: "Colocamos o gravador na parte que concerne a Charles, e deixamos ligado. Depois, andamos até o outro lado do terreno. Nós só retornamos depois dessa FVE ser capturada." Dizem também: "Nós acreditamos que essa FVE pertença a Raymond, de apenas 2 anos. Existem várias batidas durante a gravação, e uma outra batida bem distinta, antes da voz de criança ser ouvida."

"Depois de meses ouvindo esta FVE, chegamos a conclusão de que a criança dizia 'Stop Button!' (Botão de Pare!). Estranho, não? Talvez os barulhos de batidas sejam de Maybell tentando fazer com que o gravador parasse de funcionar, e Raymond estivesse avisando que ela deveria apertar o botão de Parar."

Mas como uma criança que morreram em 1929 saberia como funciona um gravador? Eles explicam no próprio vídeo: "Eu questionei um experiente especialista paranormal sobre isso, e ele respondeu 'Se você realmente acredita que existem espíritos a nossa volta, como não acreditar que eles aprendem conosco? Que eles não observam cada aspecto de nossas vidas e aprendem com tudo isso?'"

Curiosidades

Em cima do túmulo da família, muitas pessoas deixam brinquedos para as crianças, tais como bonecas e carrinhos, mas o que mais chama atenção, é um pequeno ursinho branco, que foi deixado lá há muitos anos. Devido a tantos anos parado sob o túmulo, o ursinho emite um rugido, dito como assustador, quando o pequeno botão do mesmo é apertado.


O único sobrevivente da família, Arthur Lawson, morreu em um acidente de caminhão em 1944, com 33 anos de idade.


Existem muitas músicas inspiradas no caso da família Lawson, quase todas em ritmo country, já que a Carolina do Norte é um estado que tem tradição nesse tipo de musica. Acompanhe uma delas:


Um filme/documentário sobre a família Lawson foi lançado em 2006, com o nome "A Christmas Family Tragedy" ( Uma Tragédia de Família no Natal, em tradução livre). Veja o trailer:


Fonte: Show do Medo

FELIZ NATAL!

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE

Creepypasta dos Fãs: Um Conto de Terror do Natal


BOTE SUA PAMPERS E VEJA O QUE O FÃ MANDOU!

Saudações insanos, como estão? E a merda do Natal chegou de novo né? Ah, mas tem comida, então ta tudo bem. E sabe o que tem também? Postagem especial aqui no Predomínio, e, até lá, tem essa creepy dos fãs, enviada pela fofa, linda e fã do blog, a Natália Lacerda. Eita leitora participativa hein! Ela já tinha mandado um relato pra gente (confira AQUI) e já deu dica de postagem também (confira AQUI). 

Agora, degustem a creepy dela!
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Sinceramente, não quero começar essa história com uma entrada cliché de "era uma noite escura e blá blá blá"; sem muitos detalhes, porque afinal de contas ela é real e por isso deve ser levada a sério. 

Meus pais sempre me contam histórias de terror, não só pra me assustar, quando nos reunimos em família ou com amigos e surge o assunto terror. Não faltam histórias para contar, e a seguir, contarei uma delas. Mas é importante deixar um adendo de que se você for muito novo e acredita em 25 de dezembro como uma data especial, se acredita que o velho "Noel" existe, você tem duas opções: parar de ler ou abrir a mente para algumas verdades.

Começo dizendo que minha mãe não sofre de problemas mentais mas eu sim, porque essa é a terceira introdução que ponho na história, tampouco é uma boa mentirosa - menos ainda a amiga e os pais dela. Eu não era nascida, minha mãe era nova, e não, eu não tenho provas, apenas uma estranha sensação quando ela me conta essa história.

Era de noite sim, afinal, dia 24 de dezembro todos se reúnem para jantar, a mãe e a filha única, junto com minha vó e minha mãe. Já passava da meia-noite, e o sono que não batia em nenhuma delas, mantendo-as conversando. Estava silencioso, então era impossível não escutar algo do lado de fora. E assim ouvimos o barulho de um saco sendo arrastado.

Todas ficaram quietas para ouvir o que estava acontecendo. O barulho estava vindo em direção a casa da guria, então olhamos pela janela. Não tinha nada. O barulho parou e logo esqueceram o acontecido.

De repente, latidos; o cachorro amarrado do lado de fora começou a latir desesperadamente, até um estrondo interferir. Uma batida forte ao lado da janela. As mulheres correram até lá, elas olharam na fresta, e tudo o que vimos foi um velho barbudo, sujo, careca, com dentes estragados e um sorriso olhando para o cachorro, que é segurado no ar. Taparam a boca com a mão, evitando gritar, diante daquele louco.

- As meninas estão no quarto brincando, vá com elas, Neli (minha vó). Eu fico vigiando.

O velho nojento jogou o cachorro novamente contra a parede, ele puxou o facão e rasgou o cachorro. Ele pegou as tripas e colocou no saco de lixo, vermelho de sangue, com os olhos vidrados, ele jogou a carcaça, e se ouviu na parede casa o barulho de um arranhão: ele passava a faca na parede. A mulher assistira tudo: a morte de seu cachorro. A polícia estava próxima e o velho já ia embora.

A noite passava, com medo, as duas ficaram esperando a polícia, até que ela chega, e elas saem de casa, apavoradas, e sem saber que o pior ainda viria. A minha avó segura ela com lágrimas nos olhos. E a parede, ensanguentada e com marcas por ele ter arremessado o cachorro e espalhado sangue, tinha algo escrito, com os arranhões feitos pelo facão:

"FELIZ NATAL, VADIAS".

Autora: Natália Lacerda

FELIZ NATAL!

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BOA NOITE

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Deuses e Monstros - Sobre Os Tais Aliens...


BOTE SUA PAMPERS E DEGUSTE!

A seguir temos um bom texto, uma boa creepypasta. Achei meramente reflexivo, embora o fim tente colocar um terrozinho em você; o nome também não teve êxito em coerência com o que o texto propõe, mas vale a pena ler e pensar. 

Mais uma vez: deguste!
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Estatisticamente falando, você é deísta. Nove em cada dez pessoas em toda a Terra acreditam em algum deus ou um conjunto destes. Cristianismo, Hinduísmo, Islamismo, Judaísmo, Helenismo, não importa. Você acredita que um ser - o seu deus - todo-poderoso criou o universo. E você aposta todas as suas fichas de que você acredita no certo. Mas você não está. Os outros dez por cento das pessoas não são deístas ou são adeptos à uma religião não-deísta, como algumas partes do budismo, ou não são religiosos, os chamados ateus. A teoria científica mais popular é que o universo surgiu por resultado de um súbito afluxo de matéria em um vazio sem fim. Isso também não é verdade. Aliens são retratados como homenzinhos verdes ou cinzentos com olhos escuros e cabeças grandes, que usam armas de raio e dirigem discos voadores. Isso também não poderia estar mais longe da verdade.

A tolice do homem é acreditar que ele foi a melhor criação do universo. Micróbios cobrem toda a superfície do nosso planeta. Eles são minúsculos, e aparentemente infinitos. Nós não podemos vê-los em circunstâncias comuns, mas nós sabemos que eles estão lá. O que pensariam de nós, se estivessem cientes de nossa existência? Você pode tentar contra-argumentar dizendo que eles não pensam, mas isso também não é uma afirmação verdadeira. Tudo tem que pensar de alguma forma para poder funcionar. E assim, eles pensam na fração da fração da escala humana. Eles não têm o conhecimento necessário para compreender a nossa existência, apesar de abatermos bilhões deles ao dia com germicidas. Mas afinal, o que somos para algo tão grande que não podemos sequer compreender?

O universo foi criado por algo, mas não por um "Deus". O universo é um brinquedo. Um experimento. Um experimento feito por seres que apenas são invisíveis para nós porque não existem dentro do nosso espectro insignificante de luz que constrói os nossos receptores oculares. Uma experiência de espécies hercúleas que habitam do lado de fora da pequena caixa de universo que nós consideramos ser normal e definível pela entropia e pelas leis da física. Estas leis não funcionam em todos os casos. Assim como átomos no nível quântico são imprevisíveis, assim são as presenças colossais que brincam com nossas galáxias assim como crianças brincam com bolas de gude em um parque infantil.

Estes são os verdadeiros aliens: Criaturas que não estão vinculadas ao nosso conceito de vida e nem estão presas pela gravidade, porque elas as incorporaram. Mesmo se pudéssemos vê-las em nosso espectro visível em uma escala de magnitude de alguma forma próxima da nossa, não seríamos capazes de realmente qualificar o que estaríamos vendo. Mas podemos humanizar sua forma, colocando em termos mais compreensíveis. Os seus "olhos" não veem como nós, pois definem um objeto não por sua cor, tamanho ou forma, mas pela energia que ele possui. As suas "mãos", as suas infinitas mãos, não tocaram ou moldaram o universo, mas sim projetaram sistemas de galáxias inteiras, usando desde o quark, até o átomo, a molécula, formando e criando partículas cada vez maiores. E a sua "consciência" é a própria fábrica de criação do espaço e do tempo em si. O universo não foi criado por um Deus ou um grupo deles. O universo não foi exatamente "criado". O universo sempre foi universo, porque o universo nunca foi nada. O que chamamos de "o" universo é apenas o nosso universo, a bolha de nada em que habitamos e nos familiarizamos. Nosso universo foi "criado" simplesmente porque um desses grandes seres tocou um espaço vazio e o fez assim. Eles criaram algo no nada. E estas sapientes criaturas também criaram outras, com horror e beleza além da imaginação. Mas eles não vão notar até que haja energia suficiente nestes lugares. E isso incluí a nós. Por isso, esteja avisado.

Estamos prestes a sermos notados.

Fonte: Lua Pálida

PENSE...

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BOA TARDE

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

The Vrillon Incident - Sim, Lá Vem Mais Uma Invasão Televisiva...


BOTE SUA PAMPERS E ASSISTA A INVASÃO!

Como o título bem sugere, nossa matéria de hoje abordará uma dessas invasões de hackers à redes televisivas. Nossas já disponibilizaram espaço para outras desse tipo como Wyoming Incident e Max Headroom Incident, e como podemos ver, para fazer creepypasta dessa porra é só pegar uma invasão, fazer um textinho loko e tacar "blá blá incident". Fica até legal né...

Esse ataque é até um pouco mais surreal, porque envolveria um alien e também seria o primeiro desse tipo. Não que isso me cative muito, mas deixa o contexto mais insano e apropriado para nossa atmosfera. Confira o texto abaixo e veja o vídeo no final!
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Southern Television foi uma das primeiras (se não a primeira) emissoras vítimas de invasões de transmissão. No dia 26 de novembro de 1977, na volta de 17:10, um "alien" conseguiu interromper a transmissão da estação ITV local da Southern Television por meio do transmissor Hannington. A voz cancelou o sinal de áudio UHF do noticiário que estava sendo apresentado pelo falecido Andrew Gardner da ITN. A interrupção cessou um minuto após a declaração terminar, com a transmissão normal da emissora retornando após um episódio de Looney Tunes (Merrie Melodies).

Os seis minutos da intrusão focaram no discurso de alguém que afirmava ser representante de uma "Associação Intergaláctica". Os relatos variam, alguns chamando o orador de "Vrillon", "Gillon" e "Asteron". A voz, que estava acompanhada por um zumbido profundo, invadiu a transmissão da estação ITV local da Southern Televisão para avisar aos telespectadores que "Todas as suas armas do mal devem ser destruídas" e que "Vocês tem pouco tempo para aprenderem a viver juntos e em paz".

Mais tarde, Andrew Gardner pediu desculpas pelo o que ele descreveu como "um defeito sonoro". Depois de muita procura, a transmissão foi gravada em fita e pode ser vista no YouTube e em outros sites de compartilhamento de vídeos. A mensagem da transmissão foi considerado uma farsa pela maioria das fontes, embora algumas pessoas ainda questionem as explicações dadas. Até o dia de hoje, 'Vrillon' ainda está foragido. E uma vez que apenas o sinal de áudio UHF foi invadido, nunca chegamos a ver o rosto dele. Mas mesmo assim, ainda existe a possibilidade de que Vrillon era realmente um alienígena. E nós ignoramos o seu pedido de nos livrarmos de todas as nossas armas. Por 37 anos.


Fonte: Lua Pálida

E ENTÃO, O QUE ACHAM?

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BOA NOITE

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Resumão: Liars (Mentirosos)


BOTE SUA PAMPERS E DIGA A VERDADE!


Ééééé... eu sei que disse que o Resumão só voltaria ano que vem, mas eu achei essa creepy cheirosa e resolvi dar uma resumida boa demais da conta procês!

Se você ainda não conhece essa iniciativa, leia o post introdutório: Resumão: Sr. Bocalarga

Último post da série: Resumão: Reservoir

E hoje nós temos:


Voltando antes do esperado, nosso Resumão traz hoje uma creepy bem usual, datada por volta da primeira metade de 2012. Nosso protagonista é um jovem chamado Jimmy. Sua filosofia é: "A honestidade é a melhor política, porque pelo menos eles não estão escondendo nada de mim e nem eu estou escondendo nada deles"; ou seja, ele adora dizer a verdade (que nem aquelas barraqueiras do Casos de Família). 

Entretanto, num belo dia, rolou uma treta, uma treta maligna. Um bonde de recalcados, comandado por um doidão chamado Brett, não curtiu uns dizeres de Jimmy e o encurralaram na sala de ciências. E então, Brett taca-lhe acido sulfúrico na cara, corroendo o rosto do menino (já vi isso antes), que saiu correndo que nem uma vadia louca pela sala. Os moleques são tão filhos da puta que fingiram estar na verdade tentando ajudar Jimmy, e, como ninguém presenciou a cena toda, acreditaram nos delinquentes. 

Jimmy e sua mãe ficaram na fila do SUS, até finalmente serem atendidos. E olha que coisa engraçada: a cabeça do garoto foi completamente enfaixada (já vi isso antes...). Nosso protagonista, é claro, sofreu demasiados danos (olho esquerdo e mandíbula se safaram), no entanto o mais peculiar foi que depois de receber alta, ele ficou com o rosto branco, com um sorriso perturbador (ué, já vi isso também) e a única que conseguia responder a todos que com ele falavam era a palavra "mentirosos".

Como ficou feio pra caralho, excluiu-se de tudo e ficou em seu quarto formulando um plano maligno para dominar o mundo. Não conseguiu, então preferiu só se vingar dos moleques que atacaram ele. Esperou dar tarde da noite, e mandou uma fita para Brett, o líder. Era um VHS, onde estava escrito "Pornô da sua mãe, aquela puta" "Para você". E aí vai pintar aquele climinha tenso, com uma gravação que parecia um pornô normal para pessoas normais (se é que você me entende). E a parada fica insana, porque um dos amigos de Brett aparece nu, com uma venda no rosto, sujo, e uma mordaça na boca - e em um sótão...


Um oferecimento:

Vai rolar aquela enrolação, o cinegrafista vai torturar o garoto, vai mostrar o corpo dos outros amigos de Brett mortos e o antagonista tanga frouxa vai ver a palavra "mentirosos" no vídeo. Mas então acontece um corte e os "atores" do vídeo aparecem num lugar com muita neve. Um pouco mais de tortura aqui, um pouco mais de tortura ali, barulho de coisa triturando, lobos uivando e... a face desfigurada de Jimmy surge atrás do torturado! E no fim do vídeo: Liars (Mentirosos). 

Por fim, Jimmy da uma de Goku e se teletransporta para a casa de Brett, trancando a porta da frente e logo em seguida derrubando-o no chão. A última coisa que o delinquente ouve é Jimmy sussurrando "mentiroso" em seu ouvido, enquanto derrama acido sulfúrico em seu rosto.


E a parte mais interessante da creepypasta é essa imagem que aparentemente mostra uma cena do VHS, onde Jimmy (que mais se assimila a uma fusão de Jeff The Killer com Palmirinha) apresenta-se com seu lindo sorriso em um cenário de neve e a palavra "Liars" encontra-se ali em cima. 

E... fim! Esse foi mais um Resumão, meu povo. Uma creepy bem simples e que, aliás, nem era tão grande, diga-se de passagem. Só achei que era bem ruinzinha para postar como narrativa, então mandei ver aqui. 

Não se esqueçam de avaliar!

Essa foi uma adaptação resumida da seguinte creepypasta: Liars
Entretanto, a versão do Lua Pálida é uma mera tradução, o texto original foi escrito pelo usuário Ivysir do site Creepypasta Wikia. Clique AQUI para ler o original.


NÃO MINTA...

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BOA NOITE

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Comunicado Importante: Séries e Volta dos Posts


BOTE SUA PAMPERS E CONFIRA!

Saudações meus queridos e minhas queridas. Como vocês bem tem percebido, teias de aranhas estão se acumulando nas páginas deste blog, o que vem acontecendo em decorrência das minhas provas. Pois deixe-me avisá-los de que o grande Leon aqui já saiu das provas e que a partir de amanhã os posts voltarão a sua normalidade, o que significa: post todo dia!

Só tem um pequeno porém: minha internet. Essa maravilha, essa delícia, essa [série de adjetivos comoventes] decidiu ficar caindo de cinco em cinco minutos, portanto eu vou TENTAR postar todo dia, mas torçam para essa filha da gruta me ajudar.

Contudo, venho por meio deste post não só contar a resplendorosa notícia de que voltaremos com as matérias frequentes, como também falar sobre todas as séries do Predomínio. Não sei exatamente por onde começar, mas não é de hoje que faço promessas (deixando claro; estas, não cumpridas) sobre elas, e que me perguntam sobre o futuro delas. Então, vamos...

Séries dos Malditos, Casos Pessoais, Japão do Medo, Resumão; todas essas continuarão no blog, no entanto só voltarão no ano que vem! Assassino Garibaldo continuará também, porém ainda esse ano deve lançar mais um capítulo no mínimo. Agora, indo para casos isolados.

"E o best Leon, o que houve com ele?". Gente, lamento dizer, mas a nomenclatura "O Mais Best da Semana" provavelmente morrerá. Isso é até algo que eu possa tratar futuramente, mas a princípio morreu. Porém, tranquilize-se, pois só a nomenclatura mesmo! Ano que vem teremos um "best" retornando dez vezes melhor, num formato muito mais agradável e muito mais extrovertido e livre para vocês lerem relaxadamente e eu fazer com todo prazer. Aliás, saber porque eu dei uma pausa gigantesca no best subitamente é uma boa... E foi isso: eu cansei; não aguentava mais ficar vendo tudo que é parceiro e selecionando os posts. Sempre tentei adaptá-lo para vocês e para mim, só que chegou num ponto que eu pedi arrego. Cansou... Mas vai voltar, porra!

Por fim, o mistério será desvendado: qual o destino de Floresta Macabra? Finalmente chegamos a ela, a série mais mofada que o sanduíche de maionese que você, vagabundo, deixou apodrecer fora da geladeira durante um mês. A verdade é que eu ainda não tenho capacidade de levar uma série adiante no blog e nessa, ao contrário de Assassino Garibaldo, não estava tendo o menor prazer em produzir. Por isso, amanhã estarei excluindo todos os posts pertencentes a essa série. Mas atentem: excluirei apenas os da continuação.

E era isso mesmo galera.

Agora é issae: toma uns goró, faz a dancinha da tanga frouxa e se prepara pro próximos posts!!!


QUALQUER DÚVIDA, SÓ PERGUNTAR NOS COMENTÁRIOS!

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BOA NOITE

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

De Machado de Assis: A Causa Secreta


BOTE SUA PAMPERS E DEGUSTE!

Há algumas semanas, dei início a uma nova iniciativa aqui no blog: trazer contos de escritores renomados. Para quem não lembra, compartilhei convosco "Matéria Cinzenta" de Stephen King, e hoje, num ato de valorizar nossa cultura, trago um conto de Machado de Assis. Entretanto, antes de mais nada precisamos de uma breve introdução sobre o escritor. 

Joaquim Maria Machado de Assis (vulgo, Machado de Assis), foi um grande escritor - como também cronista, contista, crítico, ensaísta e bota um pouco mais de "ísta" aí - do século XIX (na época do pós-romantismo). Nasceu em 21 de junho de 1839, e morreu em 29 de setembro de 1908, em decorrência de uma úlcera cancerígena na boca.

De família humilde, Machado perdeu a mãe logo cedo e o pai, aos 12 anos de idade, sendo criado por sua madrasta, Maria Inês. Tinha saúde frágil: era gago e epilético, mas nada que lhe fosse uma grande barreira, e já em 1955 publicava sua primeira obra, o poema "Ela".

O tupiniquim foi (ainda é) um gênio e, de fato, uma exceção, pois mesmo sendo negro e tendo todos os problemas que tinha, alcançou o topo da sociedade (considere a época). Mas bem, vou me limitando por aqui, e, se por ventura quiserem conhecer mais do autor, acessem: Releituras.com

Agora, degustem!
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Garcia, em pé, mirava e estalava as unhas; Fortunato, na cadeira de balanço, olhava para o teto; Maria Luísa, perto da janela, concluía um trabalho de agulha. Havia já cinco minutos que nenhum deles dizia nada. Tinham falado do dia, que estivera excelente, - de Catumbi, onde morava o casal Fortunato, e de uma casa de saúde, que adiante se explicará. Como os três personagens aqui presentes estão agora mortos e enterrados, tempo é de contar a história sem rebuço.

Tinham falado também de outra coisa, além daquelas três, coisa tão feia e grave, que não lhes deixou muito gosto para tratar do dia, do bairro e da casa de saúde. Toda a conversação a este respeito foi constrangida. Agora mesmo, os dedos de Maria Luísa parecem ainda trêmulos, ao passo que há no rosto de Garcia uma expressão de severidade, que lhe não é habitual. Em verdade, o que se passou foi de tal natureza, que para fazê-lo entender é preciso remontar à origem da situação.

Garcia tinha-se formado em medicina, no ano anterior, 1861. No de 1860, estando ainda na Escola, encontrou-se com Fortunato, pela primeira vez, à porta da Santa Casa; entrava, quando o outro saía. Fez-lhe impressão a figura; mas, ainda assim, tê-la-ia esquecido, se não fosse o segundo encontro, poucos dias depois. Morava na rua de D. Manoel. Uma de suas raras distrações era ir ao teatro de S. Januário, que ficava perto, entre essa rua e a praia; ia uma ou duas vezes por mês, e nunca achava acima de quarenta pessoas. Só os mais intrépidos ousavam estender os passos até aquele recanto da cidade. Uma noite, estando nas cadeiras, apareceu ali Fortunato, e sentou-se ao pé dele.

A peça era um dramalhão, cosido a facadas, ouriçado de imprecações e remorsos; mas Fortunato ouvia-a com singular interesse. Nos lances dolorosos, a atenção dele redobrava, os olhos iam avidamente de um personagem a outro, a tal ponto que o estudante suspeitou haver na peça reminiscências pessoais do vizinho. No fim do drama, veio uma farsa; mas Fortunato não esperou por ela e saiu; Garcia saiu atrás dele. Fortunato foi pelo beco do Cotovelo, rua de S. José, até o largo da Carioca. Ia devagar, cabisbaixo, parando às vezes, para dar uma bengalada em algum cão que dormia; o cão ficava ganindo e ele ia andando. No largo da Carioca entrou num tílburi, e seguiu para os lados da praça da Constituição. Garcia voltou para casa sem saber mais nada.

Decorreram algumas semanas. Uma noite, eram nove horas, estava em casa, quando ouviu rumor de vozes na escada; desceu logo do sótão, onde morava, ao primeiro andar, onde vivia um empregado do arsenal de guerra. Era este que alguns homens conduziam, escada acima, ensangüentado. O preto que o servia acudiu a abrir a porta; o homem gemia, as vozes eram confusas, a luz pouca. Deposto o ferido na cama, Garcia disse que era preciso chamar um médico.

- Já aí vem um. - acudiu alguém.

Garcia olhou:  era o próprio homem da Santa Casa e do teatro. Imaginou que seria parente ou amigo do ferido; mas rejeitou a suposição, desde que lhe ouvira perguntar se este tinha família ou pessoa próxima. Disse-lhe o preto que não, e ele assumiu a direção do serviço, pediu às pessoas estranhas que se retirassem, pagou aos carregadores, e deu as primeiras ordens. Sabendo que o Garcia era vizinho e estudante de medicina pediu-lhe que ficasse para ajudar o médico. Em seguida contou o que se passara.

- Foi uma malta de capoeiras. Eu vinha do quartel de Moura, onde fui visitar um primo, quando ouvi um barulho muito grande, e logo depois um ajuntamento. Parece que eles feriram também a um sujeito que passava, e que entrou por um daqueles becos; mas eu só vi a este senhor, que atravessava a rua no momento em que um dos capoeiras, roçando por ele, meteu-lhe o punhal. Não caiu logo; disse onde morava e, como era a dois passos, achei melhor trazê-lo.

- Conhecia-o antes? - perguntou Garcia.

- Não, nunca o vi. Quem é?

- É um bom homem, empregado no arsenal de guerra. Chama-se Gouvêa.

- Não sei quem é.

Médico e subdelegado vieram daí a pouco; fez-se o curativo, e tomaram-se as informações. O desconhecido declarou chamar-se Fortunato Gomes da Silveira, ser capitalista, solteiro, morador em Catumbi. A ferida foi reconhecida grave. Durante o curativo ajudado pelo estudante, Fortunato serviu de criado, segurando a bacia, a vela, os panos, sem perturbar nada, olhando friamente para o ferido, que gemia muito. No fim, entendeu-se particularmente com o médico, acompanhou-o até o patamar da escada, e reiterou ao subdelegado a declaração de estar pronto a auxiliar as pesquisas da polícia. Os dois saíram, ele e o estudante ficaram no quarto.

Garcia estava atônito. Olhou para ele, viu-o sentar-se tranqüilamente, estirar as pernas, meter as mãos nas algibeiras das calças, e fitar os olhos no ferido. Os olhos eram claros, cor de chumbo, moviam-se devagar, e tinham a expressão dura, seca e fria. Cara magra e pálida; uma tira estreita de barba, por baixo do queixo, e de uma têmpora a outra, curta, ruiva e rara. Teria quarenta anos. De quando em quando, voltava-se para o estudante, e perguntava alguma coisa acerca do ferido; mas tornava logo a olhar para ele, enquanto o rapaz lhe dava a resposta. A sensação que o estudante recebia era de repulsa ao mesmo tempo que de curiosidade; não podia negar que estava assistindo a um ato de rara dedicação, e se era desinteressado como parecia, não havia mais que aceitar o coração humano como um poço de mistérios.

Fortunato saiu pouco antes de uma hora; voltou nos dias seguintes, mas a cura fez-se depressa, e, antes de concluída, desapareceu sem dizer ao obsequiado onde morava. Foi o estudante que lhe deu as indicações do nome, rua e número.

- Vou agradecer-lhe a esmola que me fez, logo que possa sair. - disse o convalescente.

Correu a Catumbi daí a seis dias. Fortunato recebeu-o constrangido, ouviu impaciente as palavras de agradecimento, deu-lhe uma resposta enfastiada e acabou batendo com as borlas do chambre no joelho. Gouvêa, defronte dele, sentado e calado, alisava o chapéu com os dedos, levantando os olhos de quando em quando, sem achar mais nada que dizer. No fim de dez minutos, pediu licença para sair, e saiu.

- Cuidado com os capoeiras! - disse-lhe o dono da casa, rindo-se.

O pobre-diabo saiu de lá mortificado, humilhado, mastigando a custo o desdém, forcejando por esquecê-lo, explicá-lo ou perdoá-lo, para que no coração só ficasse a memória do benefício; mas o esforço era vão. O ressentimento, hóspede novo e exclusivo, entrou e pôs fora o benefício, de tal modo que o desgraçado não teve mais que trepar à cabeça e refugiar-se ali como uma simples idéia. Foi assim que o próprio benfeitor insinuou a este homem o sentimento da ingratidão.

Tudo isso assombrou o Garcia. Este moço possuía, em gérmen, a faculdade de decifrar os homens, de decompor os caracteres, tinha o amor da análise, e sentia o regalo, que dizia ser supremo, de penetrar muitas camadas morais, até apalpar o segredo de um organismo. Picado de curiosidade, lembrou-se de ir ter com o homem de Catumbi, mas advertiu que nem recebera dele o oferecimento formal da casa. Quando menos, era-lhe preciso um pretexto, e não achou nenhum.

Tempos depois, estando já formado e morando na rua de Matacavalos, perto da do Conde, encontrou Fortunato em uma gôndola, encontrou-o ainda outras vezes, e a freqüência trouxe a familiaridade. Um dia Fortunato convidou-o a ir visitá-lo ali perto, em Catumbi.

- Sabe que estou casado?

- Não sabia.

- Casei-me há quatro meses, podia dizer quatro dias. Vá jantar conosco domingo.

- Domingo?

- Não esteja forjando desculpas; não admito desculpas. Vá domingo.

Garcia foi lá domingo. Fortunato deu-lhe um bom jantar, bons charutos e boa palestra, em companhia da senhora, que era interessante. A figura dele não mudara; os olhos eram as mesmas chapas de estanho, duras e frias; as outras feições não eram mais atraentes que dantes. Os obséquios, porém, se não resgatavam a natureza, davam alguma compensação, e não era pouco. Maria Luísa é que possuía ambos os feitiços, pessoa e modos. Era esbelta, airosa, olhos meigos e submissos; tinha vinte e cinco anos e parecia não passar de dezenove. Garcia, à segunda vez que lá foi, percebeu que entre eles havia alguma dissonância de caracteres, pouca ou nenhuma afinidade moral, e da parte da mulher para com o marido uns modos que transcendiam o respeito e confinavam na resignação e no temor. Um dia, estando os três juntos, perguntou Garcia a Maria Luísa se tivera notícia das circunstâncias em que ele conhecera o marido.

- Não - respondeu a moça.

- Vai ouvir uma ação bonita.

- Não vale a pena. - interrompeu Fortunato.

- A senhora vai ver se vale a pena. - insistiu o médico.

Contou o caso da rua de D. Manoel. A moça ouviu-o espantada. Insensivelmente estendeu a mão e apertou o pulso ao marido, risonha e agradecida, como se acabasse de descobrir-lhe o coração. Fortunato sacudia os ombros, mas não ouvia com indiferença. No fim contou ele próprio a visita que o ferido lhe fez, com todos os pormenores da figura, dos gestos, das palavras atadas, dos silêncios, em suma, um estúrdio. E ria muito ao contá-la. Não era o riso da dobrez. A dobrez é evasiva e oblíqua; o riso dele era jovial e franco.

" Singular homem!" pensou Garcia.

Maria Luísa ficou desconsolada com a zombaria do marido; mas o médico restituiu-lhe a satisfação anterior, voltando a referir a dedicação deste e as suas raras qualidades de enfermeiro; tão bom enfermeiro, concluiu ele, que, se algum dia fundar uma casa de saúde, irei convidá-lo.

- Valeu? - perguntou Fortunato.

- Valeu o quê?

- Vamos fundar uma casa de saúde?

- Não valeu nada; estou brincando.

- Podia-se fazer alguma coisa; e para o senhor, que começa a clínica, acho que seria bem bom. Tenho justamente uma casa que vai vagar, e serve.

Garcia recusou nesse e no dia seguinte; mas a ideia tinha-se metido na cabeça ao outro, e não foi possível recuar mais. Na verdade, era uma boa estréia para ele, e podia vir a ser um bom negócio para ambos. Aceitou finalmente, daí a dias, e foi uma desilusão para Maria Luísa. Criatura nervosa e frágil, padecia só com a ideia de que o marido tivesse de viver em contato com enfermidades humanas, mas não ousou opor-se-lhe, e curvou a cabeça. O plano fez-se e cumpriu-se depressa. Verdade é que Fortunato não curou de mais nada, nem então, nem depois. Aberta a casa, foi ele o próprio administrador e chefe de enfermeiros, examinava tudo, ordenava tudo, compras e caldos, drogas e contas.

Garcia pôde então observar que a dedicação ao ferido da rua D. Manoel não era um caso fortuito, mas assentava na própria natureza deste homem. Via-o servir como nenhum dos fâmulos. Não recuava diante de nada, não conhecia moléstia aflitiva ou repelente, e estava sempre pronto para tudo, a qualquer hora do dia ou da noite. Toda a gente pasmava e aplaudia. Fortunato estudava, acompanhava as operações, e nenhum outro curava os cáusticos.

- Tenho muita fé nos cáusticos, dizia ele.

A comunhão dos interesses apertou os laços da intimidade. Garcia tornou-se familiar na casa; ali jantava quase todos os dias, ali observava a pessoa e a vida de Maria Luísa, cuja solidão moral era evidente. E a solidão como que lhe duplicava o encanto. Garcia começou a sentir que alguma coisa o agitava, quando ela aparecia, quando falava, quando trabalhava, calada, ao canto da janela, ou tocava ao piano umas músicas tristes. Manso e manso, entrou-lhe o amor no coração. Quando deu por ele, quis expeli-lo para que entre ele e Fortunato não houvesse outro laço que o da amizade; mas não pôde. Pôde apenas trancá-lo; Maria Luísa compreendeu ambas as coisas, a afeição e o silêncio, mas não se deu por achada.

No começo de outubro deu-se um incidente que desvendou ainda mais aos olhos do médico a situação da moça. Fortunato metera-se a estudar anatomia e fisiologia, e ocupava-se nas horas vagas em rasgar e envenenar gatos e cães. Como os guinchos dos animais atordoavam os doentes, mudou o laboratório para casa, e a mulher, compleição nervosa, teve de os sofrer. Um dia, porém, não podendo mais, foi ter com o médico e pediu-lhe que, como coisa sua, alcançasse do marido a cessação de tais experiências.

- Mas a senhora mesma...

Maria Luísa acudiu, sorrindo:

- Ele naturalmente achará que sou criança. O que eu queria é que o senhor, como médico, lhe dissesse que isso me faz mal; e creia que faz...

Garcia alcançou prontamente que o outro acabasse com tais estudos. Se os foi fazer em outra parte, ninguém o soube, mas pode ser que sim. Maria Luísa agradeceu ao médico, tanto por ela como pelos animais, que não podia ver padecer. Tossia de quando em quando; Garcia perguntou-lhe se tinha alguma coisa, ela respondeu que nada.

- Deixe ver o pulso.

- Não tenho nada.

Não deu o pulso, e retirou-se. Garcia ficou apreensivo. Cuidava, ao contrário, que ela podia ter alguma coisa, que era preciso observá-la e avisar o marido em tempo.

Dois dias depois, - exatamente o dia em que os vemos agora, - Garcia foi lá jantar. Na sala disseram-lhe que Fortunato estava no gabinete, e ele caminhou para ali; ia chegando à porta, no momento em que Maria Luísa saía aflita.

- Que é? - perguntou-lhe.

- O rato! O rato! - exclamou a moça sufocada e afastando-se.

Garcia lembrou-se que na véspera ouvira ao Fortunato queixar-se de um rato, que lhe levara um papel importante; mas estava longe de esperar o que viu. Viu Fortunato sentado à mesa, que havia no centro do gabinete, e sobre a qual pusera um prato com espírito de vinho. O líquido flamejava. Entre o polegar e o índice da mão esquerda segurava um barbante, de cuja ponta pendia o rato atado pela cauda. Na direita tinha uma tesoura. No momento em que o Garcia entrou, Fortunato cortava ao rato uma das patas; em seguida desceu o infeliz até a chama, rápido, para não matá-lo, e dispôs-se a fazer o mesmo à terceira, pois já lhe havia cortado a primeira. Garcia estacou horrorizado.

- Mate-o logo! - disse-lhe.

- Já vai.

E com um sorriso único, reflexo de alma satisfeita, alguma coisa que traduzia a delícia íntima das sensações supremas, Fortunato cortou a terceira pata do rato, e fez pela terceira vez o mesmo movimento até a chama. O miserável estorcia-se, guinchando, ensanguentado, chamuscado, e não acabava de morrer. Garcia desviou os olhos, depois voltou-os novamente, e estendeu a mão para impedir que o suplício continuasse, mas não chegou a fazê-lo, porque o diabo do homem impunha  medo, com toda aquela serenidade radiosa da fisionomia. Faltava cortar a última pata; Fortunato cortou-a muito devagar, acompanhando a tesoura com os olhos; a pata caiu, e ele ficou olhando para o rato meio cadáver. Ao descê-lo pela quarta vez, até a chama, deu ainda mais rapidez ao gesto, para salvar, se pudesse, alguns farrapos de vida.

Garcia, defronte, conseguia dominar a repugnância do espetáculo para fixar a cara do homem. Nem raiva, nem ódio; tão-somente um vasto prazer, quieto e profundo, como daria a outro a audição de uma bela sonata ou a vista de uma estátua divina, alguma coisa parecida com a pura sensação estética. Pareceu-lhe, e era verdade, que Fortunato havia-o inteiramente esquecido. Isto posto, não estaria fingindo, e devia ser aquilo mesmo. A chama ia morrendo, o rato podia ser que tivesse ainda um resíduo de vida, sombra de sombra; Fortunato aproveitou-o para cortar-lhe o focinho e pela última vez chegar a carne ao fogo. Afinal deixou cair o cadáver no prato, e arredou de si toda essa mistura de chamusco e sangue.

Ao levantar-se deu com o médico e teve um sobressalto. Então, mostrou-se enraivecido contra o animal, que lhe comera o papel; mas a cólera evidentemente era fingida.

"Castiga sem raiva", pensou o médico, "pela necessidade de achar uma sensação de prazer, que só a dor alheia lhe pode dar: é o segredo deste homem".

Fortunato encareceu a importância do papel, a perda que lhe trazia, perda de tempo, é certo, mas o tempo agora era-lhe preciosíssimo. Garcia ouvia só, sem dizer nada, nem lhe dar crédito. Relembrava os atos dele, graves e leves, achava a mesma explicação para todos. Era a mesma troca das teclas da sensibilidade, um diletantismo sui generis, uma redução de Calígula.

Quando Maria Luísa voltou ao gabinete, daí a pouco, o marido foi ter com ela, rindo, pegou-lhe nas mãos e falou-lhe mansamente:

- Fracalhona!

E voltando-se para o médico:

- Há de crer que quase desmaiou?

Maria Luísa defendeu-se a medo, disse que era nervosa e mulher; depois foi sentar-se à janela com as suas lãs e agulhas, e os dedos ainda trêmulos, tal qual a vimos no começo desta história. Hão de lembrar-se que, depois de terem falado de outras coisas, ficaram calados os três, o marido sentado e olhando para o teto, o médico estalando as unhas. Pouco depois foram jantar; mas o jantar não foi alegre. Maria Luísa cismava e tossia; o médico indagava de si mesmo se ela não estaria exposta a algum excesso na companhia de tal homem. Era apenas possível; mas o amor trocou-lhe a possibilidade em certeza; tremeu por ela e cuidou de os vigiar.

Ela tossia, tossia, e não se passou muito tempo que a moléstia não tirasse a máscara. Era a tísica, velha dama insaciável, que chupa a vida toda, até deixar um bagaço de ossos. Fortunato recebeu a notícia como um golpe; amava deveras a mulher, a seu modo, estava acostumado com ela, custava-lhe perdê-la. Não poupou esforços, médicos, remédios, ares, todos os recursos e todos os paliativos. Mas foi tudo vão. A doença era mortal.

Nos últimos dias, em presença dos tormentos supremos da moça, a índole do marido subjugou qualquer outra afeição. Não a deixou mais; fitou o olho baço e frio naquela decomposição lenta e dolorosa da vida, bebeu uma a uma as aflições da bela criatura, agora magra e transparente, devorada de febre e minada de morte. Egoísmo aspérrimo, faminto de sensações, não lhe perdoou um só minuto de agonia, nem lhos pagou com uma só lágrima, pública ou íntima. Só quando ela expirou, é que ele ficou aturdido. Voltando a si, viu que estava outra vez só.

De noite, indo repousar uma parenta de Maria Luísa, que a ajudara a morrer, ficaram na sala Fortunato e Garcia, velando o cadáver, ambos pensativos; mas o próprio marido estava fatigado, o médico disse-lhe que repousasse um pouco.

- Vá descansar, passe pelo sono uma hora ou duas: eu irei depois.

Fortunato saiu, foi deitar-se no sofá da saleta contígua, e adormeceu logo. Vinte minutos depois acordou, quis dormir outra vez, cochilou alguns minutos, até que se levantou e voltou à sala. Caminhava nas pontas dos pés para não acordar a parenta, que dormia perto. Chegando à porta, estacou assombrado.

Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara o lenço e contemplara por alguns instantes as feições defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-a na testa. Foi nesse momento que Fortunato chegou à porta. Estacou assombrado; não podia ser o beijo da amizade, podia ser o epílogo de um livro adúltero. Não tinha ciúmes, note-se; a natureza compô-lo de maneira que lhe não deu ciúmes nem inveja, mas dera-lhe vaidade, que não é menos cativa ao ressentimento.

Olhou assombrado, mordendo os beiços.

Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver; mas então não pôde mais. O beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter as lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de amor calado, e irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa.

DELICIOSA É...

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BOA NOITE

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Um Vídeo Com Nome Árabe


BOTE SUA PAMPERS E FUJA DA VELHA!

Hoje, o Dossiê do Felipe fez um post com um vídeo pra lá de bizarro. Só que sei lá, a internet ta cheia deles, mas eu achei esse especial. É uma situação de um terror quase incomensurável. 

Basicamente, o vídeo se resume a isso aqui: um cara ta vindo num carro (ou moto) por uma estrada de terra, quando é pego à sobressalto por uma velhinha corcunda no meio dela. Porra, uma estrada de terra, à noite, e uma velhinha aparece ali... É o capeta! Só pode ser!

Para maiores dúvidas, assistam vocês mesmos:



A PERGUNTA QUE FICA É: QUE PORRA ERA AQUELA?

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BOA NOITE

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Creepypasta dos Fãs: O Medo Que Segue


BOTE SUA PAMPERS E CONFIRA!

Quem aí tava com saudades das creepys dos fãs? Provavelmente ninguém, afinal todo mundo deve ler "Creepypasta dos fãs" e achar que lá vem uma merda mal escrita e enclichesada pra cacete. Bem, é natural, o cara é só um fã e apenas quer ver um texto escrito por ele publicado no blog que ele tanto ama. 

Independente disso, fiquem tranquilos, porque o texto abaixo, embora seja curto e não tenha nada de tão inovador, é uma boa creepypasta!
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Ele estava ali, como sempre. Os olhos fixos em mim, frios e mortais. Trazia um leve sorriso maníaco na face, parecia o caçador que se diverte com a presa antes de a matar.

Eu já havia fugido antes, várias vezes, por sinal. Mas ele parecia me perseguir, e eu sabia tão bem quanto ele que lutar era inútil. Em cada esquina, algo me fazia lembrar de que eu jamais seria deixada em paz.

E o pior é que a maioria ao meu redor o ignorava, ou então amava admira-la. Ao escurecer, meu pavor aumentava. Porque eu sabia que ele estava em algum lugar bem perto de mim, mas não conseguia focalizar meu alvo. Graças a alguns olhares de relance, meu desespero só aumentava. Era difícil dormir, ainda mais sabendo que não estava sozinha.

E vários dias se arrastavam naquela angústia, afinal, a ameaça era constante e muitas vezes vinha de vários lugares ao mesmo tempo. Sim, existiam clones dele por toda a parte. Mas não se engane: eram todos a mesma criatura. Todas pavorosas e assustadoras, todas me faziam ter ataques de pânico, e meus parentes e amigos achavam que eu estava enlouquecendo.

Eu tentei varias vezes explicar-lhes o motivo do meu horror, mas ninguém jamais compreendeu. Eles me respondiam coisas como : "Pare de pensar essas coisas, você é uma garota linda e fica aí pensando essas besteiras".

O nome do monstro que me persegue eu já descobri. Eisoptrofobia. Também conhecido como "medo de espelhos".



Autora: Hyanka di Audittore

NÃO OLHE PRA ELE!

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BOA TARDE

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Ickbarr Bigelsteine - Você Precisa Alimentar...


BOTE SUA PAMPERS E TEMA!



Quando eu era criança, eu tinha pavor do escuro. Eu ainda tenho, mas quando eu tinha uns seis anos de idade, eu não passava uma noite sem clamar pelo meus pais para procurarem debaixo da minha cama ou no meu armário por qualquer monstro que poderia estar esperando para me comer. Mesmo com a luz da noite, eu ainda via formas escuras se movendo pelos cantos da sala, ou rostos estranhos olhando para mim da janela do meu quarto. Meus pais tentavam o melhor para me consolar, me dizendo que era apenas um sonho ruim ou um truque de luz, mas em minha mente jovem eu tinha certeza de que no segundo em que eu dormisse, as coisas ruins me pegariam. Na maioria das vezes eu só me escondia debaixo dos cobertores até que dormisse pelo cansaço, mas de vez em quando eu sentia tanto pânico que eu saia correndo gritando para o quarto dos meus pais, acordando meu irmão e irmã no processo. Depois de uma coisa dessas, não tinha mais jeito de ninguém conseguir ter uma boa noite de sono.

Eventualmente, depois de uma noite particularmente traumatizante, meus pais se cansaram. Infelizmente para eles, eles sabiam que era inútil discutir com uma criança de seis anos de idade, e que não seriam capazes de me convencer a me livrar dos medos infantis, com a razão e a lógica. Eles tiveram que ser inteligentes.

Foi idéia da minha mãe me dar um amiguinho de dormir.

Ela pegou várias peças aleatórias de tecido e, com sua máquina de costura, criou o que viria a chamar-se de Mr. Estuprador Comedor de Cus Ickbarr Bigelsteine ou Ick. Ick era um monstro de meia, como minha mãe o chamou. Ele foi feito para me manter seguro enquanto eu dormia à noite, afugentando todos os outros monstros. Ele era muito assustador, eu tinha que admitir. Sinceramente, lembrando daquela época, eu ainda estou impressionado por minha mãe ter pensado em algo tão estranho e perturbador. Ickbarr parecia um gremlin-Frankenstein, com grandes olhos brancos de botão e orelhas de gato. Seus pequenos braços e pernas foram feitas com um par de meias lisradas preto e branco, da minha irmã, e a metade de seu rosto era verde, feita com uma das meias de futebol do meu irmão. Sua cabeça poderia ser descrita como bulbosa, e para a sua boca minha mãe usou um pedaço de tecido branco e costurou em ziguezague para formar um largo sorriso de dentes afiados. Eu o amei à primeira vista.Tem medo do capeta e fica amando essas porras loucas. Crianças...

A partir de então, Ick nunca saiu do meu lado. Desde que fosse depois do anoitecer, é claro, já que Ick não gostava do sol, e ficava chateado quando eu tentava levá-lo para a escola comigo. Mas estava tudo bem, eu só precisava dele à noite para manter os bichos papões afastados, que era no que ele era bom. Então, toda noite na hora de dormir, Ick me diria onde os monstros estavam escondidos, e eu o colocaria perto da seção mais próxima dos monstros. Se havia algo no armário, Ick bloquearia a porta. Se houvesse uma criatura escura arranhando a minha janela, Ick se pressionaria contra o vidro. Se houvesse um grande animal peludo debaixo da minha cama, então ele iria pra baixo da cama. Às vezes, os monstros não estavam no meu quarto. Às vezes, eles se escondiam em meus sonhos, e Ickbarr teria que vir comigo em meus pesadelos. Era divertido trazer Ick para meus sonhos, e adorávamos passar horas lutando contra fantasmas e demônios. A melhor parte era que, nos meus sonhos, Ick podia falar comigo de verdade. "Quanto você me ama?" ele perguntava.

"Mais do que qualquer coisa", eu sempre dizia pra ele. Uma noite, em um sonho, depois que eu tinha perdido o meu primeiro dente, Ick me pediu um favor.

"Posso ter o seu dente?"

Perguntei-lhe o porquê.

"Para me ajudar a fazer uma macumba pra te foder matar as coisas ruins", disse ele.

Na manhã seguinte, no café da manhã, minha mãe me perguntou onde meu dente estava. Pelo que ela me disse, a "Fada do Dente" não tinha encontrado nada debaixo do meu travesseiro. Quando eu disse pra ela que eu dei o dente à Ickbarr, ela apenas deu de ombros e voltou à alimentar a minha irmãzinha. A partir de então, cada vez que eu perdia um dente, eu o dava para Ick. Ele sempre me agradecia, é claro, e me dizia que me amava e que me faria um fio-terra qualquer dia. Eventualmente, porém, meus dentes de leite acabaram e eu estava começando a ficar um pouco velho demais para ainda estar brincando com bonecos. Então Ick apenas ficou lá na minha estante, pegando poeira, lentamente desaparecendo da minha vida.

Com o tempo, os pesadelos, no entanto, foram se tornando piores. Tão ruins que até a sua mãe aparecia neles começaram a me seguir para o mundo real, aterrorizando todos os cantos escuros ou farfalhando nos arbustos. Depois de uma noite particularmente ruim, voltando de bicicleta da casa de um amigo, eu jurei que uma matilha de cães raivosos estava me perseguindo. Eu cheguei em casa para encontrar algo estranho me esperando no meu quarto. Lá, na minha cama, de pé na posição vertical, com o brilho suave da luz da lua que vinha da janela, estava Ickbarr. No começo eu pensei que meus olhos estavam pregando peças em mim de novo, já que tinham me enganado durante toda a noite, então eu tentei piscar as luzes. Movi o interruptor de luz. Em seguida, de novo, e de novo, sem nenhuma mudança. Foi então que eu comecei a ficar nervoso.

Recuei lentamente em direção a porta atrás de mim, meus olhos grudados na silhueta de Ick. A minha mão estendida desajeitadamente para trás, alcançando a maçaneta. Eu estava prestes dar o fora de lá quando ouvi a porta se fechar, me trancando na escuridão. No nada, com as sombras e o silêncio, eu estava congelado no lugar, nem mesmo respirando. Eu não posso dizer por quanto tempo, mas depois do que pareceu uma vida, eu ouvi uma voz estridente, familiar.

"Você parou de me alimentar, então por que eu deveria protegê-lo?"

"Me proteger de que?"

"Deixe-me lhe mostrar."

Pisquei uma vez, e tudo mudou. Eu não estava mais no meu quarto, eu estava em algum lugar... Não era o inferno, mas chegava perto. Era uma espécie de floresta, um lugar horrível, um pesadelo onde os abortos embrionárias parciais flutuavam, e a terra fervilhava com insetos carnívoros. Um espesso nevoeiro flutuava no ar e com ele o cheiro de carne podre, enquanto relâmpagos atravessavam o céu noturno. À distância, eu podia ouvir os gritos agonizantes de algo não muito humano. Minha cabeça latejava como se estivesse a ponto de explodir, a dor forçando um rio de lágrimas. Na minha mente, eu ouvi sua voz novamente.

"Isto é o que a sua realidade se tornaria sem mim."

Eu senti a terra tremer, com passos se aproximando rapidamente.

"Eu sou o único que pode para-lo."

Ele estava atrás de mim agora, enorme e com raiva, a respiração quente nas minhas costas.

"Traga-me o que eu preciso, e eu vou..."

Acordei antes que eu pudesse ver o monstro.

No dia seguinte, invadi o armário dos meus pais, procurando os dentes de leite do meu irmão, dando-lhes para Ickbarr. Quase imediatamente, os terrores noturnos cessaram, e eu estava mais ou menos capaz de seguir minha vida. De tempos em tempos, eu me esgueirava pra dentro do quarto da minha irmã e pegava o que era para a fada dos dentes, ou estrangulava um dos gatos da vizinhança e pegava seus incisivos afiados. Qualquer coisa para afastar as visões, qualquer coisa desde um colar de dente de tubarão até um dente entalhado na madeira. Eu também comecei a notar que Ick andaria pelo meu quarto, reorganizando as minhas coisas e colocando cortinas adicionais. Ele estava até começando a ficar mais realista, de alguma forma. À luz seus dentes iriam brilhar, e ele agora era quente ao toque. Por mais que ele me assustasse, eu não poderia juntar a coragem para simplesmente destruí-lo, sabendo perfeitamente bem o que aconteceria. Então eu fui coletando dentes pro Ick durante toda a escola e faculdade. Quanto mais velho fui ficando, fui aprendendo à temer mais coisas, e o Ick foi precisando cada vez de mais dentes para me manter seguro.

Tenho vinte e dois anos de idade agora, com um trabalho decente, o meu próprio apartamento, e um conjunto de dentaduras. Faz quase um mês desde a última refeição de Ick, e os horrores estão voltando a se aglomerar à minha vida mais uma vez. Eu fiz uma parada em um estacionamento, depois do trabalho hoje à noite. Encontrei um homem atrapalhado com as chaves do carro. Seus dentes estavam manchados de amarelo, depois de uma vida de cigarros e café. Mesmo assim, eu tive que usar um martelo para sair os molares. Quando voltei para o meu apartamento, ele estava esperando por mim. No teto, no canto. Dois olhos brancos e com a boca cheia de lâminas de barbear.

"Quanto você me ama?" , pergunta ele.

"Mais do que qualquer coisa", eu respondo, tirando meu casaco.

"Mais do que qualquer coisa no mundo."


Essa creepypasta foi retirada do blog MedoB, no entanto trata-se apenas de uma tradução. Os créditos para o texto original vão para Stephan D. Harris, que publicou primeiramente a história no site Creepypasta.com

ALIMENTE... ALIMENTE...

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE